33ª) Carta a Consciência - Sussurros do Grande Espírito!

CARTA A CONSCIÊNCIA

Quero iniciar esta Mensagem Xamânica expondo uma carta citando as palavras que o Grande Espírito, com tom de pai zeloso e compreensivo, sussurrou aos meus ouvidos:

  

"Saulo, as Universidades são grandes berços onde as crianças brincam de descobrir Deus!"

Eu Lhe pedi: Heya Grande Espírito tende compaixão de todos nós que sofremos as conseqüências de tais brincadeiras e perdoa-nos por não compreender a Vossa Vontade que permite que assim seja. Ele me fez relembrar: 

“Não cai uma só folha sem a minha vontade!”

As impressões que eu tive quando participei da SEMOC - Semana de Mobilização Científica, realizada pela UCSal em 2008 como co-autor do artigo: AGENDA 21 APRENDENDO A SER UNO COM A NATUREZA, foi o motivo dessa mensagem.

Na ocasião eu busquei compreender este sussurro do Grande Espírito de todo o meu coração... Então passei a observar a tudo e a todos como quem procura Deus em cada olhar. Mantive-me orando... Heya Grande Espírito, o que queres me ensinar aqui e como posso eu servir a Vossa Vontade?

Refleti sobre as imagens das pessoas que eu via, dos mestres aos alunos. Percebi um misto de sentimentos em seus olhares, umas estavam orgulhosas pelos títulos adquiridos ao longo de exaustivos anos de estudos e dedicação. Outras mais humildes e amadurecidas pelas experiências vividas como titulados. Percebi também a energia do medo rondando a maioria dos presentes, como se fosse um fantasma vigilante a exigir de todos, uma “postura acadêmica” como se os vigiasse para não cometerem o suposto crime de expor seus sentimentos ou posição pessoal. Nada estava evidente, sorrisos gentis e educados brilhavam como as flores artificiais dos ornamentos que decoravam o local.

Eu selecionei os meus pensamentos para buscar identificação, entendimento e sintonia com o ambiente acadêmico. Mas os meus sentimentos insistiram em dizer-me que faltava algo para que as propostas para salvar o meio ambiente fossem de fato efetivas. O meu Coração me dizia que cada diploma daquelas pessoas era um tipo de brilhante, pedra preciosa burilada como prisma a refletir as luzes de Deus e que formavam tipo uma preciosa coroa para a iluminação humana. Mesmo assim eu tive por várias vezes a impressão de que todos desejam algo que estava além dos seus alcances intelectuais. Senti um abismo entre as concepções intelectuais e as atitudes necessárias. Foram apresentadas idéias e propostas das quais algumas ousavam ser as soluções para o tema em pauta: SUSTENTABILIDADE, ECOLOGIA, E QUALIDADE DE VIDA. Mas os resultados finais pareceram pequenos demais em vista das brilhantes propostas acadêmicas. Por fim, pareceram justificados quando foi falado, por um dos mestres que compunha a mesa, sobre o ritmo da mudança do comportamento social. Ele enfatizou que é sempre uma mudança lenta... Daí eu pensei na necessidade somar as conclusões acadêmicas com as soluções ancestrais e principalmente as xamânicas. Acredito que assim possamos despertar a Consciência Ecológica em menos tempo. Os rituais Ancestrais, e suas múltiplas formas de contatar a própria Natureza podem ajudar neste processo de conscientização social. (Sussurro do Grande Espírito - CARTA A CONSCIÊNCIA, Saulo Martins)

Reflexão do xamã: É possível rever as atitudes humanas para com a Natureza. Para isso é preciso primeiro rever a própria natureza humana que esta adormecida por conta da distância entre o ser humano e a Natureza. Ficamos muito tempo distantes das matas, dos lagos, das cachoeiras, dos rios, das montanhas, das grutas, das árvores, dos pássaros..., em fim, do SER HUMANO.

Para reflexão: A quanto tempo você não vai a montanha? A quanto tempo você não vai a uma floresta para olhar as estrelas numa noite de Lua?